sexta-feira, 20 de maio de 2016

Painho-de-monteiro na ilha das Flores

De 3 a 6 de Maio uma equipa da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) deslocou-se à ilha das Flores, montando acampamento na Alagoa onde no ano anterior ouvira o som de painhos-de-monteiro e com esperança de tornar essas suspeitas em realidade.

O primeiro passo foi a prospecção dos ilhéus da Alagoa com o auxílio do kayak, nomeadamente o ilhéu Deitado e outro ilhéu junto a este e também recuperar a unidade de gravação automática presente no ilhéu Sentado desde Junho de 2015 para análise dos dados, uma vez que o mar e o vento sopravam de feição.

Para confirmar a nidificação de painho-de-monteiro na ilha das Flores foram montadas redes no calhau da Alagoa e apesar das vocalizações ouvidas não foi capturado nenhum indivíduo. Apesar das expectativas reduzidas em virtude das tentativas goradas no calhau da Alagoa, a esperança era a última a morrer, uma vez que as vocalizações ouvidas no ano anterior no ilhéu Sentado incentivavam a apostar mais uma vez neste ilhéu. Era essencial testar essa teoria e esperar que a sorte estivesse do nosso lado, o que veio a confirmar-se com a captura de um exemplar de painho-de-monteiro.

Ainda que tenha sido apenas um exemplar, podem agora confirmar-se as suspeitas desde 1996 do doutor Luís Monteiro da existência de nidificação de painhos na ilha das Flores. Ficam ainda por encontrar os seus ninhos na ilha das Flores.

Houve ainda tempo para dar a volta à ilha e prospectar novos ilhéus para procurar o painho-de-monteiro. Este foi um pequeno passo para confirmar que o painho-de-monteiro não está apenas restringido aos ilhéus da ilha Graciosa e tem as Reservas da Biosfera como locais ideais para a sua nidificação.

A equipa da SPEA agradece o apoio do Parque Natural da ilha das Flores, de Carlos Toste (Hotel Ocidental), de Sandra Quaresma e dos Bombeiros Voluntários de Santa Cruz das Flores, os quais tÊm contribuído para o sucesso dos trabalhos.


Notícia: blogue da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.
Saudações florentinas!!

1 comentário:

Anónimo disse...

As nossa orla rochosa é um santuário de aves marinhas raras.