terça-feira, 11 de agosto de 2015

Quem pode viajar de "borla" nos Açores?

Faz parte das contrapartidas negociadas entre Governo Regional e Governo da República para a liberalização do espaço aéreo dos Açores mas, apesar das vantagens para os clientes, as transportadoras fazem pouca publicidade a essa "borla".

Uma viagem gratuita entre ilhas, dada a quem viaja a partir do Continente ou da Madeira. O serviço de encaminhamento aéreo inter-ilhas não é um conceito novo. No entanto, só foi alargado aos passageiros não residentes nos Açores a 29 de Março, quando as ligações para São Miguel foram liberalizadas.

Para aumentar a promoção turística da Região, a SATA ficou obrigada a transportar gratuitamente qualquer passageiro que chegue a Ponta Delgada ou à Terceira, mesmo que ali tenha chegado numa empresa concorrente como a TAP, EasyJet ou RyanAir. Basta indicar o voo e horários e pedir à SATA a emissão do bilhete para outra ilha açoriana à sua escolha. Tem de utilizar o bilhete gratuito nas 24 horas seguintes à chegada aos Açores.

Mas nem as companhias áereas nem as agências de viagens têm divulgado muito esta oferta. Muitos passageiros continuam a comprar bilhetes e pacotes para mais de uma ilha açoriana, quando o podiam obter de forma gratuita. No caso das low cost, o benefício tem sido igualmente pouco divulgado. Poupa o Governo e faturam as agências de viagens através da comissão dos bilhetes desnecessariamente adquiridos.

A administração da SATA, que tinha reduzido frequências após a entrada da concorrência da EasyJet e da RyanAir, esclarece apenas que voltou a aumentar o número de voos e que estes estão cheios neste momento de época alta. A EasyJet também se mostra satisfeita com a operação que, para o conjunto das quatro companhias, já cresceu 80% em número de passageiros desde a liberalização. No caso da RyanAir, que está a voar para os Açores a partir de Lisboa, Londres e Porto, a transportadora diz esperar um tráfego anual de 350 mil clientes.


Notícia: revista «Visão».
Saudações florentinas!!

10 comentários:

Anónimo disse...

Quem pode viajar de borla! Os Deputados?

Anónimo disse...

É confrangedor.
Como é que se percebe que existam agencias a comprar e pagar bilhetes, que, ao que consta, não necessitavam ser comprados nem pagos? Que raio de informação é esta? Que capacidade de comunicação tem esta gente? Se isto não é propositado, como cheira a léguas, raios nos partam ...
Poupa o Governo e faturam as agências de viagens, diz o artigo. Não. Não é só isso. Poupa o governo, claro está, faturam as agencias, e, bem pior, ficam oito ilhas sem turistas, porque os preços encarecem. Encarecem por falta de comunicação, reparem bem neste atraso de vida.
Vale porventura a pena pagarmos com o nosso dinheirinho governos, deputados, secretários e nem sei o que mais, para nos ferrarem pérolas destas?

Anónimo disse...

Veio um cebolão do governo de Lisboa anunciar que decorriam negociações para as lowcost irem para a Terceira. Diz que veio de propósito... à conta da passagem e da estadia que lhe pagamos. Alguém com o mínimo de discrição manda bocas para a rua no meio de uma negociação? Há. Os políticos que pagamos para andarem em permanente campanha eleitoral. Resultado: o outro lado, que liberalmente pedia 100, agora, que percebeu os interesses politicos desta canalha, não brinca em serviço e pede 10 vezes mais. Quem é que paga estas partidarices? Não são os políticos nem os partidos. Somos todos nós, com os nossos esmifrados impostos.
Assim se prestam serviços públicos neste país e se trabalha para o povo. Na campanha eleitoral, eles vão vir por aí abaixo, anunciar lowcosts e outras lindezas. O atoleimado das taxinhas e outros sapateiros que tais. Tudo, claro está, para o nosso bem e para a nossa felicidade.

Anónimo disse...

De borla só viajam os políticos, o resto pagam e demais.

Anónimo disse...

não sabia desta que os politicos andavam de borla pensava que eles pagavam a passagem como eu pago os transportes para ir para o trabalho, foi bom eu saber não voto mais nesta gente que ganha fortunas e não pagam nada.

Anónimo disse...

medo é sinal de rabo preso!!!!!

Anónimo disse...

Este modelo de transporte, maquilhado pelo governo Passos Portas e sancionado na região, foi feito por chicos-espertos e destinado chicos-espertos. É propicio a todo o tipo de trapaças, refletindo bem a trágica pobreza de ideias das criaturas que nos governam. De quem o urdiu em Lisboa, não seria de esperar outra coisa. Gente que nunca pôs os pés nos Açores, que nunca aterrou nas ilhas pequenas, e que toma decisões lá distante, no conforto dos ministérios da capital.
De estranhar é existir gente nascida e criada no nosso calhau, que se diz autonomista, aceitar cartilhas da centralista Lisboa, como se isso lhe desses créditos. Do governo regional, que livremente escolhemos, esperava-se outra postura. Porque representa os Açores e não apenas São Miguel. De Santa Maria ao Corvo, passando pela Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial e Flores, as pessoas sentem-se traídas e sem ter quem as defenda.

Lisboa dispõe. Ponta Delgada lucra. Vasco Cordeiro diz que projecto é seu. Duarte Freitas diz que é o autor e o outro da Terceira cala-se bem calado, a troco de um abaixamento de impostos que nem ao menino Jesus interessa. Isto vai-nos levar onde? Alguém sabe responder?

Anónimo disse...

Porque é que um madeirense para ir a Lisboa paga metade de um Açoriano? Não somos todos Portugueses, os Açorianos e os Madeirenses. Que culpa temos nós dos Açores estarem mais longe? Ou esta escumalha de Lisboa entende isto ou não vale a pena vir por aí abaixo armado em estrela anunciar maravilhas.

Anónimo disse...

Mas alguém alguma vez pensou que as lowcost iam beneficiar mais alguém que não fosse são Miguel ? Enganam-se!
Turismo de mochila as costas, com lata de atum no bolso não traz interesse á economia da ilha! Capacitem se disso.

Anónimo disse...

Somos pés descalços. Temos uma lavoura rebentada e as pescas estão tolhidas. Vamos buscar dinheiro onde, se não for ao turismo? Onde, explique-me o pelintra das 07:58? Ao governo, que tira a uns para dar a outros e anda de cofres vazios? Aos alemães que estão cada vez mais fartos de serem enganados? Onde vamos arranjar dinheiro para viver aqui dignamente? São Miguel tem o caso resolvido. E as outras ilhas como é?
Como é que é possível prejudicar oito ilhas porque não se explica devidamente aos operadores turísticos e às pessoas o modelo que se criou? Propositadamente, claro está, para canalizar os turistas para uma ilha só. Isto é coisa de gente séria?
Os turistas amantes da natureza andam de mochila sim senhor e comem umas sanduiches quando fazem trilhos. Mas respeitam o ambiente e tem mais dinheiro do que o que se pensa. Temos porventura hipóteses de outro tipo de turismo? Qual? De praia, com este clima? De luxo, tipo Riviera francesa, com estes palheiros?
Onde parará o caixote do lixo do pé descalço pelintra das 07:58?