domingo, 9 de agosto de 2015

Ampliação da Central de Além Fazenda

Vasco Cordeiro considerou uma "necessidade absoluta" que se realize o aproveitamento e a rentabilização dos recursos endógenos da Região.

Na inauguração da renovada e ampliada Central Hídrica de Além Fazenda, o presidente do Governo Regional apontou o caso da produção de energia com base nos recursos endógenos dos Açores como bom exemplo da aposta que considera ser necessário fazer e prosseguir: “Nós temos de rentabilizar, nós temos de aproveitar cada vez mais aqueles que são os recursos que a natureza, que o engenho, que a arte dos açorianos colocou à nossa disposição”.

Sobre a Central de Além Fazenda, Vasco Cordeiro disse ser um investimento que tem ainda o “objetivo mais geral” da sustentabilidade do futuro: “Não estamos apenas a inaugurar um investimento que se concluiu, estamos sobretudo a colocar ao serviço de novas gerações um investimento que tem uma componente de garantir a sua sustentabilidade, a sustentabilidade do nosso território, do nosso ambiente”.

A reabilitação e ampliação da Central Hídrica de Além Fazenda teve um custo de 4 milhões de euros e vem permitir o aumento da sua capacidade de produção elétrica em 25%.

Segundo explicou o presidente da EDA, com esta inauguração passam a estar garantidas na ilha das Flores “todas as condições” para a produção e distribuição de energia com segurança e qualidade. Duarte Ponte explicou que este é o culminar de um processo de quatro anos, que envolveu o investimento total da EDA de 20,4 milhões de euros na ilha das Flores. Além da reabilitação e ampliação da Central Hídrica de Além Fazenda, foi também construída a Central Térmica das Lajes, capaz de garantir o abastecimento de energia elétrica a toda a ilha, mesmo que não exista produção hídrica e eólica.

Ao nível dos investimentos hídricos, o Governo Regional pretende avançar com a construção da Nova Central da Ribeira Grande, na freguesia da Fajãzinha, a qual em 2017 possibilitará obter uma média anual prevista de mais 5 GWh de produção renovável, atingindo uma penetração da ordem dos 80% na ilha das Flores.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental», RTP Açores e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

15 comentários:

Anónimo disse...

Com este projecto da nova central da Ribeira Grande, duas das cascatas mais emblemáticas das Flores vão desaparecer: A da Ribeira do Ferreiro, que alimenta a Lagoa das Patas, e a da Ribeira Grande, levando pela mesma ocasião as actividades turísticas associadas, como o canyonning.
Conseguem imaginar estes dois lugares sem cascatas? Vamos deixar uma S.A. destruir o nosso património?

Anónimo disse...

Qualquer projeto que promova a criação de energias renováveis é sempre bem vindo, seja nas Flores seja em qualquer outro lugar, resta saber o que isso vai implicar em termos ambientais e em termos de impacto visual, incómodo para a população, etc. Escusado será dizer que num local com a arquitetura da Fajazinha, qualquer edifício de traços modernos será um valente murro nos olhos. Para monstruosidades na Ilha das Flores já basta aquela aberração a beira mar plantada - e abandonada - na Fajã Grande.

Anónimo disse...

A captação da água é feita ao nível das pontes da Ribeira do Ferreiro e da Ribeira grande, nada tem a ver com as cascatas.

Anónimo disse...

Anónimo das 07:55, vou explicar como se fosse burro: Se a água é levada em condutas até a Fajãzinha, vai deixar de correr pelas ribeiras!
(E para sua informação, a ribeira do Ferreiro não tem ponte )
O projeto prevê a construção, nas duas ribeiras, de captações (micro barragens), de grandes tanques de desarenamento, em betão obviamente, e das condutas até a Fajãzinha.
Dá uma ideia do impacte ambiental...

Anónimo disse...

Só agora deram por isto ser necessário e emergente aproveitar as energias alternativas , com o nosso dinheirinho , o que já não é nada justo é todos nos contribuirmos para a sua construção e depois vir a famosa eda cobrar o preço do ouro pela energia fornecida. Só um pequeno aparte ainda outro dia ao passar á noite ao pé do escritório da Eda em Santa Cruz Das Flores verifiquei que estava tudo muito bem iluminado pois não custa nada somos nós outra vez a pagar , numa altura que deviamos estar todos em contenção a Eda anda a gozar com todos os pagantes

Anónimo disse...

Caro anonimo das 11:37 o que chama aquilo que passamos por cima da água sem molhar os pés eu na minha burrice chamo Ponte da ribeira do ferreiro , quanto aos pormenores do projecto aqui o burro não os conheçe por isso não discute . mas que a ribeira do ferreiro tem ponte tem sim sr.

Anónimo disse...

A EDA tem atrevimentos difíceis de perceber. Com a queda espectacular dos preços do petróleo, os custos de produção de energia electrica nos Açores baixaram. Os preços ao consumidor, pelo contrário, subiram. Alguém percebe-se esta politica? Por muito que acenem com a autoridade reguladora, não se percebe porque é que ainda não se rompeu com este contrato.
A construção de centrais hidroelectricas só deve acontecer se não beliscar a nossa paisagem nem alterar o regime hídrico das ribeiras. É que com a crise da lavoura que por aí anda, se nos pomos a destruir o nosso património natural, inviabilizando o turismo, vamos viver de quê?
Basta de doiduras. As eólicas são uma excelente alternativa, comprovadamente funcional, e com impactes ambientais significativamente menores.

Anónimo disse...

Gostava apenas que alguém me esclarecesse o seguinte: Quem são afinal os acionistas da EDA? É que na publicação do Forum de 3 de Junho deste ano ("EDA distribui lucros pelos acionistas") indicam-se como acionistas os seguintes: Governo Regional, o Grupo Bensaúde, a EDP, o Novo Banco e Pequenos Acionistas.
No site da própria EDA, pelo contrário indicam-se como acionistas os seguintes: RAA, ESA, EDP, Pequenos Acionistas.
Quem são afinal os acionistas da EDA?
Outra questão: para além do lucro resultante desta obra e respetiva exploração que irá para os acionistas da EDA, o que irão lucrar com esta obra os *florentinos*?
Existem planos ou maquetes que descrevam o impacto visual da obra?
Para além do inevitável impacto visual, o que está previsto em termos de ruído? Decibéis produzidos pela turbina?
Neste link: https://www.youtube.com/watch?v=BapR-iFxjjM vê-se uma central que funciona com um caudal de 380 Litros/segundo. Ora, se, como parece a central terá uma capacidade de 800 Litros/segundo, pela lógica (digo eu que não percebo nada de centrais hidroelétricas) a construção deverá ser o dobro desta não? Vai mesmo precisar de ser um monstro de betão? Ou pode ser um bocado disfarçada como esta?
Sou residente na Fajãzinha, adoro essa terra e ilha toda e gostava que alguém me esclarecesse sobre estas questões.
Já enviei um e-mail à EDA com pedidos de informação mas não me responderam.
Sou o mais possível a favor de energias limpas, mas as populações têm que ter acesso a toda a informação necessária de uma forma muito transparente e precisa.
V

Anónimo disse...

Os acionistas da EDA são: Região Autónoma dos Açores (50,1 %), ESA - Energia e Serviços dos Açores (​39,7 %), EDP (10 %) e pequenos acionistas e emigrantes (0,2 %), segundo consta em http://www.eda.pt/EDA/Paginas/Acionistas.aspx.

Quem é a ESA - Energia e Serviços dos Açores? O Contrato de Sociedade n.º 944/2005 "certifica que entre as sociedades Bensaúde Participações, Agência Açoreana de Viagens, BenTrans – Carga e Transitários, Bensaúde SA, Banco Espírito Santo, Banco Espírito Santo dos Açores e S.T.D.P. – Sociedade Transnacional de Desenvolvimento de Participações foi constituída a sociedade em epígrafe", como consta em http://www.azores.gov.pt/NR/rdonlyres/B763800E-9DCB-405A-A61F-131213306075/74084/ContratodeSociedadeN9442006.doc.

Anónimo disse...

Vocês estão a querer dizer que o rico património das copas dos inhames poderá vir a ser danificado para produzir energia para os mamões das Lajes e de Santa Cruz?

Anónimo disse...

Caro anónimo das 11:37:

Como é que vocẽ e os seus semelhantes atravessam a ribeira do Ferreiro? Todos sabemos que quando vocẽs se veem refletidos na água, assustam-se, saltam, teimam e não passam. Também por causa de sí e dos seus semelhantes foi construida uma travessia sobre a ribeira do ferreiro, e da qual eu e os meus semelhantes humanos, abusivamente nos servimos.

Quanto às cascatas, no meu fraco portuguẽs cascatas são quedas de água, e jusante das pontes não há anenuma queda de água. Acaso já alguém fez canyonning a jusante das pontes? O que vocẽ quer é pôr terra nos olhos das pessoas. Assim como assim, você nunca fez nada na vida, apenas bota abaixo, no entanto é a única maneira de você mostrar que existe, se não for pelo bota abaixo, a sua passagem por este mundo não conta mais que uma gota de água em dia de chuva.

Anónimo disse...

muito bem vou começar de baixo para cima: central hídrica nova, conduta nova, poço renovado, vala renovada ok. para isso tudo funcionar no meu ver e preciso uma barragem cheia de agua e não de lodo e arvores. com tantos engenheiros de canudo na eda sem fazer nada como não perceberam o funcionamento de uma central hídrica precisa de agua.

Anónimo disse...

Ao anónimo do dia 11 de Agosto das 15:48 digo mais e o grande prejuízo que a Ilha vai ter com o estrago do património de algumas cana rocas que vão fazer. E o canyoning estragado são só desgraças.

Anónimo disse...

Por falar no Canyoning, alguém me sabe dizer quem é o representante do desporto? Ouvi dizer que o rapaz que lá estava agora tem uma empresa desse ramo e faz vida nessa area

Anónimo disse...

diziam que esta central feita nos anos 60 que não tinha condições e vão envestir milhões. aja paciencia.