quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Mão criminosa na morte dos coelhos?

Nos tribunais dos Açores entraram 11 processos judiciais contra desconhecidos, por suspeita de crime no surto de Doença Hemorrágica Viral (DHV) que matou milhares de coelhos em oito ilhas.

"Existem alguns processos judiciais a correr. A Secretaria regional da Agricultura e Ambiente naturalmente que tem toda a disponibilidade e participa como testemunha nesses processos”, disse Luís Neto Viveiros, acrescentando que a Direção regional dos Recursos Florestais se constituiu assistente nestes processos.

O surto hemorrágico do vírus DHV2 ocorreu entre o final de 2014 e o segundo semestre de 2015 em oito ilhas açorianas, com exceção do Corvo por não ter coelhos-bravos.

Neto Viveiros assegurou que o Governo Regional não está em condições de comprovar se houve ou não mão criminosa neste surto, mas reconheceu que esta é uma tese em avaliação: “Havendo indícios, como algumas associações de caçadores entendem, que terá havido mão criminosa na disseminação da doença e introdução da mesma nos Açores, naturalmente que a Secretaria estará disponível para colaborar na identificação desta questão. Comprovando-se, os seus responsáveis devem ser devidamente punidos”, sustentou o secretário da Agricultura.

Refutando as acusações de “negligência e desorientação” feitas ao Governo Regional e expressas na moção de censura da autoria de uma Associação de caçadores da ilha de São Miguel, Neto Viveiros recordou que “foram tomadas todas as medidas que a situação aconselhava e que ocorreu nos Açores e noutras zonas do país e do mundo”.

Neste momento, a proibição de caça ao coelho bravo mantém-se válida apenas nas ilhas das Flores e Santa Maria, porque segundo o secretário regional da Agricultura o surto hemorrágico “foi mais forte e fez com que as densidades da espécie sofressem uma redução substancial”, prevendo-se que a caça só deva voltar a ser permitida nestas duas ilhas em 2016.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Diário Insular».
Saudações florentinas!!

1 comentário:

Anónimo disse...

eu já nem quero comentar vou deixar para o dia das eleições.