sexta-feira, 11 de setembro de 2015

SATA é empresa âncora para os Açores

O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo afirma que a liberalização do espaço aéreo nos Açores traz competitividade mas pediu cautela com a SATA, por ser uma empresa "âncora" na acessibilidade ao arquipélago.

"Os Açores têm problemas de acessibilidade muito grandes. Por isso, os Açores têm uma dependência muito grande da SATA. É comparável à dependência do Continente com a TAP, mas nos Açores a dependência da SATA é maior", afirmou Pedro Costa Ferreira, ouvido pela Comissão de inquérito ao Grupo SATA na Assembleia Regional.

O presidente da APAVT considerou ser "essencial ter uma SATA forte e com futuro" para que a Região tenha algum controlo sobre a acessibilidade ao destino Açores, dada a dependência do transporte aéreo. Pedro Costa Ferreira pediu cautela quando se olha para os resultados da liberalização, apesar de reconhecer que esta trouxe "fatores positivos" aos Açores, como "juntar novos segmentos de procura e aumento dos fluxos turísticos".

"Se a liberalização [do espaço aéreo] for a cura para a Região, espero que a SATA não morra dessa cura. Só assim não correremos enormes perigos de causar uma dependência muito pior de algo de que não temos controlo", afirmou Pedro Costa Ferreira, defendendo que os Açores não se dever tornar num destino barato.

O presidente da APAVT considerou que a liberalização traz competitividade: “Temos de acompanhar este processo com muito cuidado. Não deitaria fogo-de-artifício nesta primeira fase. No território nacional já vi chegar companhias ‘low cost' e vi partir companhias ‘low cost'. Neste processo de liberalização o que mais me preocupa é a SATA, por ser a âncora. Todo este movimento precisa de consolidação”. Se a SATA desaparecesse, disse Pedro Costa Ferreira, do ponto de vista teórico, o destino Açores não desaparecia, mas "o processo de substituição de uma companhia aérea é doloroso e demora algum tempo".

"A Região e os políticos da Região devem saber encontrar um equilíbrio já que a SATA é um instrumento político, mas não deve ser instrumento da política", afirmou Pedro Costa Ferreira.


Notícia: «Açoriano Oriental», RTP.Notícias e «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

7 comentários:

Anónimo disse...

A liberalização do espaço aéreo dos Açores com este modelo está a ser um fiasco. A competitividade que trouxe foi na exorbitância de preços, uma vez que uns pedem 400 €, outros 500 € e outros, sem pinga de vergonha no focinho, 650 € por uma viagem doméstica que dura escassas 2 horas.
Isto é benéfico para quem?
Para os utentes que sem alternativas tem de entrar com exorbitâncias para se deslocarem em território nacional?
Para os contribuintes que têm de suportar com os seus impostos o excedente dos 135 € para encher os bolsos das companhias aéreas?
Para as ilhas pequenas que veem os fluxos turísticos ficarem por S. Miguel deixando os seus hotéis vazios?
Isto serve a quem afinal?
Qualquer companhia aérea com juízo procura conquistar mercado e fazer mais clientes.
A Sata não faz assim.
Não responde à procura, deixa os passageiros à espera na fila, e depois com o ar mais cândido do mundo, diz que tem prejuízos.
Vamos a algum lado assim?
Os Açores não se devem tornar num destino barato. Devem ser caros, sim senhor. Porque prestamos serviços decentes de restauração. Porque temos boa hotelaria e animação com qualidade.
Com esta pérola de modelo o destino Açores fica caro, porque as companhias aéreas, que pagam os seus impostos sabe-se lá onde, é que chupam tudo.
É isto que queremos para o nosso turismo?

Se ficarmos à espera que a notória mediocridade de políticos que temos encontrem equilíbrios no meio disto, podemos arranjar um sofá cama. Sentamos-se durante o dia e dormirmos durante a noite.

Anónimo disse...

Mas será sempre culpa dos políticos?
No caso das Flores, que força tem eles para reivindicar algo para a nossa terra?
Se começam a falar muito, correm o sério risco de passarem para uma "lista de espera" interminável, e como necessitam dessa mediocridade para viver, sujeitam-se ao que os outros querem!

Anónimo disse...

A culpa, de facto, é capaz de não ser dos políticos. É de quem os elege e não lhe pede contas depois daquilo que eles fazem.
Anda por aí um politiqueiro-mor em campanha, que, sem pinga de vergonha na cara, diz não precisar da politica para viver. Não precisa, não!
Como a maioria das pessoas que votam já tem dentes, olham para esta conversa de tótó e pensam: vai para a politica porquê então? Para trazer a paz ao mundo e salvar almas?Para fazer bem ao próximo e dar o que tem aos pobres? Por amor à sua terra e adoração às suas gentes? É evidente que não.
Como explicar então as intrigas onde anda envolvido, as perseguições onde enfileira e o esganamento aos troquinhos? A politica feita por pantesmas destas, que nem o que querem sabem, só nos emborca na desgraça, na inércia e no subdesenvolvimento.

Anónimo disse...

E para mais desgraça nossa, esta é a semana da tourada na casa da Autonomia!
Esperemos para ver se saí dali alguma "carne" que abasteça o mercado florentino pois bem precisamos!

Anónimo disse...

Pois se os políticos dizem que não precisam da politica para viverem não vale a pena ir votar, eu não vou votar mais, só se for para o grão, ai sim vou votar mas os outros que vão trabalhar.

Anónimo disse...

Há certos coirões na politica que só se endireitavam à bolachada.
Desde quando é que por três pessoas a pagar 1868,50 € para irem a Lisboa, é sinal de desenvolvimento, de bem estar e de qualidade de vida para as populações?
Está tudo doido, ou quê? E andaram ministros e secretários de estado em Lisboa, uns do PSD outros do CDS, a ver quem chegava primeiro para anunciar esta roubalheira. Bolachas... é pouco.

Anónimo disse...

coirões é uma palavra feia! Faz presumir outras coisas!